A FUNÇÃO E A IMPORTÂNCIA DO MECANISMO DIALÉTICO PARA A SOCIEDADE (OS INDIVÍDUOS). ABRINDO HORIZONTES AOS DIREITOS DESTA E AOS DEVERES DE UM ESTADO REPRESENTATIVO.
LUCAS FRANCISCO DA SILVA JÚNIOR
Acadêmico das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO),
Cursando: Bacharelado em Direito -Noite.
RESUMO
Veremos neste artigo algumas especificações sobre a dialética, que é uma engrenagem utilizada em diversos campos de estudo. Dando significação neste documento: À importância deste mecanismo, para que haja um “despertar” a respeito das ideologias do Estado. Seguindo de uma breve “resolução” que traz a possibilidade de existir uma sociedade consciente, e não uma sociedade enganada.
Esse Artigo não tem como objetivo dizer o que é “direito” do povo, e também não, ao que é “dever” do estado, mesmo que em alguns momentos pareça ser.
O objetivo deste feito é focar na indagação que deve ser feita pelos indivíduos sociais, sobre os direitos e os deveres que são conferidos aos cidadãos e ao Estado Representativo das sociedades contemporâneas.
São Analisados ainda neste artigo sobre: Ideologias, o que são, e quem as utilizam; Também sobre a política e o que ela deveria representar na sociedade de um estado representativo. Dentre outros aspectos que são abordados durante a trajetória deste procedimento acadêmico.
Palavras-chave: Dialética. Política. Ideologia. Representatividade.
Sumário:
1- Introdução.
2- Política.
3- Dialética.
3.1- Visão Platônica sobre a Dialética.
3.2- Mecanismo Dialético.
4- ESTADO REPRESENTATIVO
4.1 Formas de Estados Representativos segundo a visão de Noberto Bobbio.
4.2 Funcionamento do Estado Representativo.
4.3 Relação: População versus Estado.
5 IDEOLOGIA
6 O FILME: FAHRENHEIT (11 DE SETEMBRO).
6.1.1 Alusão do filme- documentário com o mecanismo da Dialética, relevando o uso desta para o “despertamento” social ao uso da Soberania.
6.1.2 Um dos motivos pelo qual a sociedade, é ideologizada pelo estado.
6.2 Alusão do filme- documentário com o mecanismo da Representatividade.
7 CONCLUSÃO
#RESUMEN (En Español)
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 INTRODUÇÃO
Quando estamos a explorar o campo da ciência política, tomando como objeto de estudo seus conceitos, suas definições, teorias, funções, metas, realidades, percebemos a grandiosa importância deste elemento na sociedade.
Logo, é perceptível a quantidade de informações que se agrupa nesse campo de estudo. É comum se fazer necessário, o auxílio de outros campos de estudo, que estão notoriamente agregados à política, tais como: a história, a economia, a geografia, o direito entre outros.
Observa-se desde fatos primitivos até os mais contemporâneos. Relevando pensadores e suas ideias, o preâmbulo dos conceitos e do uso de termos, como: Estado, Soberania, Poder, Propriedade, Forma(s) de Governo, incluindo também o Estado Representativo, em sua forma complexa que foi “construída” durante os séculos e séculos passados e que ainda está em “construção” (e talvez caminhando para uma desmontagem).
Tudo isso relatado, podemos começar a entender mais sobre nossa sociedade moderna, com suas multiplicidades e os motivos pelos quais muitas vezes as pessoas se conformam com as falhas estatais e também, será exposta aqui, como principal instância a importância da dialética.
2 POLÍTICA
Política, palavra derivada do grego antigo, que tem como significado: A arte de dar felicidade à Pólis (cidade-estado). Apenas este termo, traz em si inúmeros aspectos relevantes a ser discutidos em Dialética, na continuidade deste texto.
Existe hoje por todo o mundo uma visão negativa da política. Quando se fala desta, dá-se a impressão de que está a se falar de corrupção, bandidagem, crimes e furtos. Mas, como podemos dizer que a política é pura corrupção, é criminalidade, é algo negativo, se em seu próprio significado ratifica ser uma arte, que ainda tem o objetivo de dar felicidade e que esta felicidade deve ser dada à polis, ou seja, à todos?
Quando citamos a designada felicidade, que a política tem por objetivo dar ao povo, faz-se alusão com: Bens comuns, que são facilmente identificados como: Acessos à cultura, educação, saúde, etc. São os benefícios básicos do povo, da cidade, da Pólis. (observa-se que o que foi postado acima não afirma ser: os deveres do Estado. E, sim um aprofundamento sobre o conceito de política.)
3 DIALÉTICA
Levando em consideração tudo que já foi analisado neste artigo, já é perceptível o que é a dialética em si. No entanto, é válido aclarar mais sobre o funcionamento dessa “engrenagem”, observando seu conceito sobre o ponto de vista platônico e explicando suas fases de evolução.
3.1 Visão Platônica sobre a Dialética
Para Platão, a dialética é sinônima de filosofia. É a técnica de perguntar, responder e refutar. Logo percebemos que o mecanismo aqui citado passa por 3 (três) fases. Ele acredita que apenas através do diálogo o filósofo irá atingir o verdadeiro conhecimento. Logo sairia do mundo sensível e chegaria ao mundo inteligível. Através de instâncias potenciais respectivamente designadas como: decomposição (apresentação de uma tese), investigação racional (contrapor- é o método da antítese) e por fim a síntese (conclusão).
3.2 Mecanismo Dialético
O método dialético mostra ser eficaz em seu ato quando utilizado.
Em potência, exige muito esforço psicológico. Não pode ele ser obtido como um produto materializado é algo que vai além da abstração.
Podemos observar abaixo como esse fato requer um “nível inteligível” altamente capacitado no que diz respeito à “estrutura da assimilação das ideias”, para que o ato dialético possa ser efetuado:
A dialética [...]
“Para alguns, consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos (ex: a radiação solar provoca a evaporação da água, esta contribui para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas), o modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.”
Anônimo. Dialética. Wikipédia, março (2012). Disponível em:
4 ESTADO REPRESENTATIVO
Este se configura diferente dos outros “tipos” de estados que se formaram durantes os tempos passados. Nele há “o representante” do povo frente a uma nação. Esta é a desenvoltura de um estado representativo, como o próprio nome já diz há uma representação social do governante para com os governados. Ele pode se constituir por vários procedimentos, tais como: Uma revolução, uma guerra civil ou ainda por caminhos aparentemente democráticos.
4.1 Formas de Estados Representativos segundo a visão de Noberto Bobbio
As formas mais conhecidas de Estado representativo, segundo Bobbio em seu livro: Estado, Governo, Sociedade (2001, p. 116), são: Monarquia constitucional (um grande passo para o contexto político, econômico e social, pois nesta ‘tipologia’, dentre outras, é possível encontrarmos uma característica importantíssima: A despersonalização do poder, passando o poder de ‘alguém’ para ‘algo’, que seria uma instituição.); Monarquia parlamentar (surgida na Inglaterra, após a ‘grande rebelião’, e também no resto da Europa após a Revolução Francesa dando esta última ascensão à burguesia); República presidencialista (surgida nos EUA- ainda podemos acrescentar que esta foi a primeira “forma de governo” democrática moderna).
4.2 Funcionamento do Estado Representativo
No Estado representativo existe um compromisso entre o poder do príncipe (legitimado pela tradição, que traz a ideia de hierarquia) e o poder dos representantes do povo (a burguesia), que são legitimados pelo consenso (Na democracia este fato é comum. Quando observamos o funcionamento da votação para a eleição de um candidato, com o propósito de que ele exerça o designado cargo, representando o povo). Nessa concepção, cabe ao Estado representar os interesses em nome dos direitos políticos e direitos individuais. Essa fase de transformação do Estado dura até os dias atuais.
4.3 Relação: População versus Estado
Como já foi posto a representação de interesses que se dá em termos de direitos políticos e os direitos individuais são protegidos pelo Estado. O motivo disto se dá quando capturamos a verdade de que o povo legitimou o estado, dando a ele parcela de sua Soberania.
O povo “pode” se manifestar contra o seu Estado. Geralmente isso ocorre quando a representação feita pelo “legitimado” não é positivamente eficaz, ou seja, não dá efeitos positivos para a população. O manifesto mais utilizado e mais “efetivo” é a desobediência civil, formulando-se guerras, protestos, movimentos, etc.
Tudo isso atingiria o Estado. Motivo: O “Leviatã” (é como Thomas Hobbes cita o estado em sua obra mais conhecida), tem em suas “mãos” o monopólio da força, e se ele não consegue “dominar”, (no sentindo de pôr em ordem) os seus representados, consequentemente a sua soberania interna começa a desfalecer-se, ainda podendo afetar (quase com toda certeza) a soberania externa também.
Todavia, não é qualquer revolução chula que vai derrubar o estado junto com sua soberania, poder (força e autoridade) e outras possíveis “virtudes” que o Estado resguarda através da legitimação ou violência ou ainda outros possíveis métodos.
O estado é imbatível, no ponto de vista da relação: população versus estado. Isto é, inabdicável. Ninguém se isola de tal ponto que se escusa do Estado. Tomando ainda os elementos essenciais do estado: População, Território e Soberania, para a legitimação desta ratificação aqui exposta.
5 IDEOLOGIA
Ideologia é um termo que possui diferentes significados dependendo das situações expostas, mas apenas duas concepções: a neutra e a crítica.
No senso comum, o termo ideologia é sinônimo do termo ideário, tendo o sentido neutro de conjunto de pensamentos, ideias ou de visões de mundo de um indivíduo ou do indivíduo coletivo em suas relações intersubjetivas, orientando ele(s) para suas ações sociais e, principalmente, políticas de um modo generalizado.
O termo em sua concepção crítica, que é a concepção usada neste artigo, diz que: A ideologia é considerada como um instrumento de dominação e age por meio do convencimento, usando o “poder” da persuasão ou dissuasão, escondida muitas vezes sobre uma face carismática. Embora, não seja uma força material, pode-se dizer que é uma “máquina” de alienação da consciência humana.
6 O FILME: FAHRENHEIT (11 DE SETEMBRO).
O cineasta estadunidense Michael Moore utiliza inúmeras imagens de arquivos em seu filme nomeado: Fahrenheit- 11 de setembro, que mostra a trajetória do governo e das atitudes pessoais de George W. Bush, e seu comportamento perante o povo norte-americano e o mundo.
Nas preliminares do filme (Fahrenheit- 11 de setembro), Moore já tem a ousadia de nos apresentar o suposto golpe dado sobre o povo norte-americano (estadunidenses). Acredita-se que Bush, venceu as eleições para assumir o cargo de Presidente dos Estados Unidos da América, indevidamente. Já que as pesquisas feitas apontavam ao outro candidato como vencedor. Começa aqui um mandato de certeza para o governante, e de dúvidas para os governados.
Ficou explícito para todos, que os estadunidenses, em uma grande parte, estavam descontentes com a situação em que se encontravam, sendo representados por alguém que não foi desejado e que provavelmente tiveram as “parcelas de sua soberania” burladas.
Podemos dizer que são altamente notórios os “defeitos” do governo de George W Bush, quando nos aprofundamos no Filme-Documentário feito por Moore. Portanto, são inúmeros os fatos para serem contestados em dialética.
6.1.1 Alusão do filme- documentário com o mecanismo da Dialética, relevando o uso desta para o “despertamento” social ao uso da Soberania.
Foi visto acima uma tese. Apresentou-se um fato (dentre outros não citados ou ainda ocultos na sociedade) que devem ser contestados pelos indivíduos sociais.
É necessário que nossa sociedade desconstrua as ideologias críticas impostas pelo Estado. Essa total e completa alienação de consciência humana, que vem fazendo “lavagens cerebrais” nos indivíduos que se encontram dispersos no contexto político, econômico e social.
A Soberania tem traços característicos marcantes, tais como: a indivisibilidade, a perpetuidade, a supremacia, e de acordo com o pensamento “Rousseauniano”, a titularidade dela é dada ao povo.
Não podemos desperdiçar um “bem” que nos foi conferido. Uma sociedade com pensamentos dialéticos poderia ser o fim, ou a redução expressiva das ideologias estatais contra ela.
6.1.2 Um dos motivos pelo qual a sociedade, é ideologizada pelo estado.
No Brasil, por exemplo, o índice de leitura é baixíssimo. Jornais, Revistas, Livros, são objetos tão importantes para a sociedade, não como suporte de gêneros textuais que informam “fofocas” e outras coisas banais do tipo. Mas, como blindagem aos enganos!
Quando uma pessoa dedica-se ao hábito da leitura, adquire inúmeros conhecimentos econômicos (dando a nós a possibilidade de sabermos então, porque e o que, o Estado está fazendo com os impostos altíssimos de quase 40% cobrados aos cidadãos), também conhecimentos sociais (que faria a nos, enxergar a movimentação estatal que muitas vezes é obnubilada, ou seja turvando o verdadeiro sentido de tais atitudes governamentais), dentre tantos outros conhecimentos e aspctos relevantes que podem ser objeto de conhecimento daqueles que se dedicam à leitura.
Mas não é só pelo motivo da falta de leitura que o povo é enganado pelo estado. Este ponto citado é só uma pequena peça do grande “quebra-cabeça” que ainda não foi totalmente “montado” que explica estes fatos.
Existe um grande conformismo, dado pelo senso comum, citado no princípio do artigo que aludia: Política à Corrupção. Este Paradigma trouxe uma enorme e devastadora saturação por parte dos governados, fazendo estes não mais dar atenção ao que o estado faz ou deixa de fazer.
Mas, não podem se conformar com este paradigma, aqueles que são os titulares da Soberania.
6.2 Alusão do filme- documentário com o mecanismo da Representatividade
Num estado Representativo democrático, sabemos que seu objetivo é de eleger um representante, para que este possa governar o povo, para o povo e não para si. Assim dando sentindo ao significado da política: Dar felicidade à Pólis, como já vimos anteriormente.
Mas, o que vimos no pequeno resumo sobre o filme-documentário (fahrenheit- 11 de setembro), não parece ter tanta ligação com o sentindo dito acima. O presidente, já citado outrora aqui, parecia não estar representando seu povo. Em seu mandato, passou quase 1 ano fora de seu país, de férias. Quando na verdade deveria estar buscando melhorias no governo, investindo em segurança, transporte, saúde, educação, etc. Já que ele era o representante do povo, e supostamente, ter sido “eleito” pra isso.
Para a infelicidade do “povo americano”, ele fez exatamente o contrário no que diz respeito ao fato de ter cortado os gastos de segurança, ainda tendo ele recebido informações sobre os avisos de ataques terroristas. E nem se quer importou-se. Comprometendo os EUA, deixando este vulnerável aos ataques já citados.
O que não demorou muito para acontecer. Nós já conhecemos toda a história aqui comentada, história esta que repercutiu e marcou todo o mundo. Causando inúmeras mortes de pessoas inocentes que “votaram” para que um representante pudesse protegê-los e abarcá-los em um território dado, garantindo a paz, a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento social sobre alicerces honestos. Mas o representante acima não foi capaz disto.
7 CONCLUSÃO
Diante de todo o exposto pode-se concluir que a nossa sociedade contemporânea sofre de inúmeros déficits políticos, econômicos e sociais, mas que podem ser reparados, através, por exemplo, de um importante processo denominado: Dialética, que tem uma importância significativa. Tendo ela uso, em alguns momentos, como uma arma de blindagem e ao mesmo de ataque às ideologias estatais. Somando também o lembrete de que a soberania, não pertence ao Estado, e sim, ao cidadão.
Ratificamos ainda que o ato da legitimação de um Estado Representativo, não significa ser manipulado por ele de forma indireta através do mecanismo ideológico.
RESUMEN
Veremos en este artículo algunas especificaciones acerca de la dialéctica, que es un mecanismo utilizado en diferentes campos de estudio. Dando prioridad en este documento: a importancia de este mecanismo de manera que hay un “despertar” sobre las ideologías del Estado. Dando breve “resolución” para que hay un sociedad consciente y no una sociedad engañada.
Este artículo no pretende decir lo que es derecho del pueblo, ni tampoco, que es "deber" de Estado, aunque a veces parece ser.
El Propósito de este hecho es centrarse en la investigación a realizar por las personas los derechos y deberes sociales que se reconocen a los ciudadanos y el Representante del Estado de la sociedad contemporánea.
Se analizan más adelante en este artículo acerca de: ideologías, que son, y que lo utiliza, también sobre la política y lo que debe representar a la sociedad de un representante del estado. Entre otros aspectos que se abordan durante el curso de este procedimiento acadêmico
Palabras-clave: Dialéctica. Política. Ideología. Representatividad.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Anônimo, Algo Sobre Yahoo Respostas- Dialética.
Disponível em: < http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/dialetica.html>.
Acessado em 01/05/2012
Anônimo. Dialética. Wikipédia, março (2012).
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Acessado em: 08/05/2012.
Anônimo. Estado Representativo. Wikipédia, fevereiro. (2012).
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Acessado em: 08/05/12
Anônimo. Ideologia. Wikipédia, fevereiro. (2012).
Disponível em:
Acessado em: 07/05/12
BOBBIO, Noberto. Estado, Governo, Sociedade. (2002)
Disponível em:
Acessado em: 09/05/12
SOUSA, Marcus Vinicius Santos- Fahrenheit, 11 de Setembro- Resenha Crítica. Junho. 2009, Disponível em: < http://pt.shvoong.com/entertainment/movies/1905222-fahrenheit-11-setembro/>. Acessado em: 01/05/2012
Assinatura: Lucas francisco.