Escrituras
de um destino.
O vento nos levará para
um lugar, como numa dança surreal, com cores, e luzes ao redor, para um lugar
que nunca estivemos antes... Onde a luz é pouca, onde frio é muito...
Existem árvores em nossa volta e um banco tradicional de poesia romântica; E
eu, posto do teu lado. Então, a brisa chega e toca nossas faces, como a amo,
linda é a brisa, apesar de nunca tê-la visto, a imagino como uma linda mulher
de longos cabelos sedosos e brilhantes; Calma, carinhosa e sensível é a brisa,
até acho que ela seja o cupido do amor de muitas pessoas (envergonhado). Sabes?
Como nas prosas em parágrafos rimados ou não, porque não a poesia? Ah! Eu já
citei acima, não vou repeti-la. (a garota riu)
Não ficastes com ciúmes
da brisa?(perguntei a garota) Eu disse que a amo! (exclamei) Não estou
brincando! (O garoto pensou- Quando ela me ouviu falar algo tão bobo, seu
sorriso brilhou como um diamante posto ao sol, não digo em relação ao brilho
estridente, tão forte que até me cegaria, NÃO! (me desesperei) Isso seria uma
tragédia! Pois, nunca mais veria sua beleza (a da garota que ele amava). A
beleza que me faz feliz e me sentir vivo, por amar algo que é tão imperfeito,
mesmo com suas perfeições. Eu sei! todos falam que: O perfeito tem
imperfeições, mas eu acredito que a imperfeição é perfeita! -Mas, eu digo a
forma que esse fenômeno é magnífico ‘o diamante posto ao sol’).
Continuou a pensar:
(Talvez ela me ache engraçado.) Eu sou? (ele perguntou a ela) E ela riu ainda
mais, quase chorava de tanto rir. (ele pensou): Será que isso foi um sim?! Isso
é bom?! Talvez seja, se ela ri.
Foi quando eu saí do
“país das perguntas”, que fica em minha mente, na rua das dúvidas, perto do
estabelecimento das incertezas, logo ali.
E olhei para ela...
Contemplando seu rosto, eu finalmente percebi que mesmo com todo o cenário
surreal existente ali sendo o mais esplêndido de tudo que já vi; A criação que
estava em minha frente seria a mais linda de todas que havia em qualquer lugar.
Mas, quando ela sorriu me ouvindo falar isto, então vi que estava enganado!
(...) Agora sim, está mais linda do que antes. Mas não falei a ela isto,
essa última frase, apenas pensei com meus pensamentos sobre o que estava a
pensar. Sobre meu engano, que havia retificado na mesma hora.
Outrora, nada fazia
sentido pra mim, será que pra ela também? Qual o motivo de estarmos ali naquele
surrealismo sem fim? Seria um encontro do destino para o amor reinar ali? Eu
não tinha falado ainda a ela que a amava. Eu pensei e apenas pensei: (...) te
amo.- Suspirei... – Ela riu.
Foi aí que me desesperei:
Oh meu Deus, será que ela me ouvir dizer isso? Eu falei para os meus
pensamentos, mas será que ela leu a eles? Estou preocupado, e interroguei a mim
mesmo: o que ela faria se soubesse que a amava?
Olhei para ela e esperei
ouvir algo! Que não seja sobre o que pensei, ainda não, está muito cedo, ainda
nem vimos à lua se colocar em seu ponto mais alto! Queria confirmar que ela não
tinha lido meus pensamentos, foi quando vi sua boca se mexer, lentamente.
Percebi que ela iria dizer algo. E se ela dissesse: Eu li seus pensamentos!
Meu coração palpitou mais
do que já estava palpitando, ele estava batendo três vezes, mais forte: 1° por
amá-la, 2° por estar com ela, 3° por não saber se ela tinha lido meus
pensamentos. Foi quando ela falou: a lua esta demorando pra chegar ao seu ponto
mais alto! Como quem estivesse esperando que isso acontecesse para que fizesse
algo muito importante, tipo assim: Dizer eu te amo para mim!
Caí outra vez em pânico!
–Oh meu Deus, eu pensei isso também! -Em relação à lua! Será que ela realmente
leu meus pensamentos ou seria isto uma enorme coincidência? O fato de nós dois
estarmos esperando a lua se posicionar no ponto mais certo.
Fiquei feliz; pensava eu,
se ela realmente leu, e também estivesse esperando que a lua chegasse a seu
ponto mais alto pra fazer o mesmo que eu seria perfeito. Mas o momento de
tensão aliviou-se, decidimos deixar a lua caminhar sem pressão, eu percebi isso
quando a vi olhando para outro lugar sem ser a mim ou a lua, ela olhava algo
que estava ao nosso redor, talvez uma árvore.
Quando vi que ela virou o rosto para olhar o algo que eu penso que tinha sido
uma árvore toquei em seus cabelos, num movimento involuntário, diria até
espontâneo, como o coração que bate sem que eu o mande fazer isto.
Pensei, porque fiz isso? Assustado eu estava, mas não demonstrava queria
parecer ser forte e saber o que eu estava fazendo. Meu coração agora palpitava
por um quarto motivo. E não sabia se o que eu fiz era certo. Ela olhou pra mim
como se estivesse assustada por eu ter feito isto. E eu ainda não havia
esquecido completamente da minha observação louca de achar que ela tinha lido
meus pensamentos, embora sabendo que isso nunca aconteceria, eu sinta pontas de
medo, de que isso fosse possível, pelo menos pra ela. SIM! Pois, ela era tão
diferente de qualquer ser humano mortal, seria ela, uma criatura divina? Se os
critérios pra se julgar fosse sua beleza, a resposta seria sim, então porque
não seria ela por dentro também? Tanta coisa se passava pela minha cabeça que
decide em 5 segundos depois de vê-la assustada tirar a mão de seus cabelos. Foi
quando percebi que ela tocara minha mão, ela não queria que tirasse minhas mãos
de seus cabelos, e deixou até que tocasse a sua face, ela fechava os olhos e parecia
estar em um mundo de êxtase. Parecia que a lua já estava no seu lugar, mas
ainda faltava um pouco pra isso, talvez alguns 5 metros de distância, ou quem
sabe 5 metros e 67 centímetros, mas teria como eu medir a distância dela tão
precisamente? Na verdade eu pensei nisso, porque meu coração e meus pensamentos
estavam numa loucura até agora. E ele Batia agora por um quinto motivo. Era
como se fogos de artifício que estivessem sendo colocados em meu estômago.
Foi quando ela abriu os olhos, vagarosamente (...). Até pensei na brisa,
espero que você não leia meus pensamentos agora, pois acho que ficaria com
ciúmes, comparar uma mulher com outra é um grande problema! Mas, não posso
fazer nada você realmente estava parecendo com ela nesse momento, leve, calma,
e lenta, todos seus movimentos estavam lentos, acho que até seu coração tinha
regredido em velocidade de batimentos cardíacos.
Mas quando ela se deu conta do que já tinha acontecido, seu coração acelerou,
ela não se sentia mais segura, se achou vulnerável a mim, como se eu a
dominasse, eu vi isso!
Mas eu? Dominar uma criatura divina? Isso se ela fosse, mesmo assim eu não
teria forçar para dominá-la principalmente quando vi que o seu rosto se
comunicava com o meu, dizendo: Beije-me! Mas não era como um pensamento calmo,
como ela parecia ser, era como uma ordem: Beije-me! E se eu não fizesse isso
ela sim faria. Foi nesta hora! vi que não existia ninguém nesse mundo como ela,
eu senti que desejava tê-la, e ela ainda mais a mim, ou talvez não, talvez eu a
desejava mais, pois eu me sentia realmente almejando-a.
Sua boca ansiava como quem tem sede e se põe em frente a um cálice que
transbordava de águas purificadas de fontes virgens. Seus lábios se abriam
lentamente, e ficou como uma pequena fenda, que tinha doces as quais eu também
queria terem minha boca. Peguei em
suas mãos, e senti que elas estavam frias, gélidas, e alvas como seu olhar,
apesar de seu olhar não parecer mais de um anjo, e sim de uma leoa que tem
fome, uma boa leoa. Mas era uma leoa, que se põe diante uma caça de 5 metros,
talvez de 5 metros e 67 centímetros, lá estava ela posta diante de um banquete
selvagem, mas teria eu como medir a distância dela tão precisamente?
Passamos alguns segundos
nessa dimensão, dentro da dimensão surreal, invadimos outro estado, o que eu
chamo de ”Mais que surreal” é quando percebemos juntos que o amor era o que
reinava ali. Como o destino havia previsto.
É quando nada mais nos segura,
alguns centímetros de distâncias vão sendo desfeitos, lentamente, assim como a
neve que cai sobre as folhas, singelamente, sinto teus lábios mais frios que
tuas mãos, que me fazem entrar num outro estado de sentimentos surreais, que
explodem em meu estômago como fogos de artifícios, que haviam sido colocados
antes, acho que algo provocou um pequeno incêndio em meu estômago, e começou a
explodir os fogos, suas explosões pareciam ser feitas de seda, veludo e lã, que
não explodem me machucando, mas me fazendo sentir aquele frio tão bom, era como
um fogo frio, que queima gelidamente. Como
se dentro de mim, houvesse outro mundo surreal habitado por seres estranhos,
parecido com pequenos “elfos”, que construíam uma cidade de luz. Eu não sabia
como ela se sentia, pois não estava dentro dela, mas se ela estivesse sentido o
que eu sentia, eu poderia até ser um dos elfos que estavam construindo a
cidade. De certa forma eu estou com ela, ou dentro dela, não sei! Só sei que
nossas almas parecem estar entrelaçadas num destino que ainda não foi escrito,
porém o início dele é quando o vento nos leva a algum lugar, como numa dança
surreal, com cores, e luzes ao redor, a um lugar que nunca estivemos antes...
Prosa
de Lucas Francisco.
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