domingo, 6 de maio de 2012

Prosa Romântica- Escritura de um Destino.




Escrituras de um destino.
O vento nos levará para um lugar, como numa dança surreal, com cores, e luzes ao redor, para um lugar que nunca estivemos antes...  Onde a luz é pouca, onde frio é muito... Existem árvores em nossa volta e um banco tradicional de poesia romântica; E eu, posto do teu lado. Então, a brisa chega e toca nossas faces, como a amo, linda é a brisa, apesar de nunca tê-la visto, a imagino como uma linda mulher de longos cabelos sedosos e brilhantes; Calma, carinhosa e sensível é a brisa, até acho que ela seja o cupido do amor de muitas pessoas (envergonhado). Sabes? Como nas prosas em parágrafos rimados ou não, porque não a poesia? Ah! Eu já citei acima, não vou repeti-la. (a garota riu)
Não ficastes com ciúmes da brisa?(perguntei a garota) Eu disse que a amo! (exclamei) Não estou brincando! (O garoto pensou-  Quando ela me ouviu falar algo tão bobo, seu sorriso brilhou como um diamante posto ao sol, não digo em relação ao brilho estridente, tão forte que até me cegaria, NÃO! (me desesperei) Isso seria uma tragédia! Pois, nunca mais veria sua beleza (a da garota que ele amava). A beleza que me faz feliz e me sentir vivo, por amar algo que é tão imperfeito, mesmo com suas perfeições. Eu sei! todos falam que: O perfeito tem imperfeições, mas eu acredito que a imperfeição é perfeita! -Mas, eu digo a forma que esse fenômeno é magnífico ‘o diamante posto ao sol’).
Continuou a pensar: (Talvez ela me ache engraçado.) Eu sou? (ele perguntou a ela) E ela riu ainda mais, quase chorava de tanto rir. (ele pensou): Será que isso foi um sim?! Isso é bom?!  Talvez seja, se ela ri.
Foi quando eu saí do “país das perguntas”, que fica em minha mente, na rua das dúvidas, perto do estabelecimento das incertezas, logo ali.
E olhei para ela... Contemplando seu rosto, eu finalmente percebi que mesmo com todo o cenário surreal existente ali sendo o mais esplêndido de tudo que já vi; A criação que estava em minha frente seria a mais linda de todas que havia em qualquer lugar. Mas, quando ela sorriu me ouvindo falar isto, então vi que estava enganado!  (...) Agora sim, está mais linda do que antes.  Mas não falei a ela isto, essa última frase, apenas pensei com meus pensamentos sobre o que estava a pensar.  Sobre meu engano, que havia retificado na mesma hora.
Outrora, nada fazia sentido pra mim, será que pra ela também? Qual o motivo de estarmos ali naquele surrealismo sem fim? Seria um encontro do destino para o amor reinar ali? Eu não tinha falado ainda a ela que a amava. Eu pensei e apenas pensei: (...) te amo.- Suspirei... – Ela riu.
Foi aí que me desesperei: Oh meu Deus, será que ela me ouvir dizer isso? Eu falei para os meus pensamentos, mas será que ela leu a eles? Estou preocupado, e interroguei a mim mesmo: o que ela faria se soubesse que a amava?
Olhei para ela e esperei ouvir algo! Que não seja sobre o que pensei, ainda não, está muito cedo, ainda nem vimos à lua se colocar em seu ponto mais alto! Queria confirmar que ela não tinha lido meus pensamentos, foi quando vi sua boca se mexer, lentamente. Percebi que ela iria dizer algo. E se ela dissesse: Eu li seus pensamentos!
Meu coração palpitou mais do que já estava palpitando, ele estava batendo três vezes, mais forte: 1° por amá-la, 2° por estar com ela, 3° por não saber se ela tinha lido meus pensamentos. Foi quando ela falou: a lua esta demorando pra chegar ao seu ponto mais alto! Como quem estivesse esperando que isso acontecesse para que fizesse algo muito importante, tipo assim: Dizer eu te amo para mim!
Caí outra vez em pânico! –Oh meu Deus, eu pensei isso também! -Em relação à lua! Será que ela realmente leu meus pensamentos ou seria isto uma enorme coincidência? O fato de nós dois estarmos esperando a lua se posicionar no ponto mais certo.
Fiquei feliz; pensava eu, se ela realmente leu, e também estivesse esperando que a lua chegasse a seu ponto mais alto pra fazer o mesmo que eu seria perfeito. Mas o momento de tensão aliviou-se, decidimos deixar a lua caminhar sem pressão, eu percebi isso quando a vi olhando para outro lugar sem ser a mim ou a lua, ela olhava algo que estava ao nosso redor, talvez uma árvore.
            Quando vi que ela virou o rosto para olhar o algo que eu penso que tinha sido uma árvore toquei em seus cabelos, num movimento involuntário, diria até espontâneo, como o coração que bate sem que eu o mande fazer isto.
            Pensei, porque fiz isso? Assustado eu estava, mas não demonstrava queria parecer ser forte e saber o que eu estava fazendo. Meu coração agora palpitava por um quarto motivo. E não sabia se o que eu fiz era certo. Ela olhou pra mim como se estivesse assustada por eu ter feito isto. E eu ainda não havia esquecido completamente da minha observação louca de achar que ela tinha lido meus pensamentos, embora sabendo que isso nunca aconteceria, eu sinta pontas de medo, de que isso fosse possível, pelo menos pra ela. SIM! Pois, ela era tão diferente de qualquer ser humano mortal, seria ela, uma criatura divina? Se os critérios pra se julgar fosse sua beleza, a resposta seria sim, então porque não seria ela por dentro também? Tanta coisa se passava pela minha cabeça que decide em 5 segundos depois de vê-la assustada tirar a mão de seus cabelos. Foi quando percebi que ela tocara minha mão, ela não queria que tirasse minhas mãos de seus cabelos, e deixou até que tocasse a sua face, ela fechava os olhos e parecia estar em um mundo de êxtase. Parecia que a lua já estava no seu lugar, mas ainda faltava um pouco pra isso, talvez alguns 5 metros de distância, ou quem sabe 5 metros e 67 centímetros, mas teria como eu medir a distância dela tão precisamente? Na verdade eu pensei nisso, porque meu coração e meus pensamentos estavam numa loucura até agora. E ele Batia agora por um quinto motivo. Era como se fogos de artifício que estivessem sendo colocados em meu estômago.
            Foi quando ela abriu os olhos, vagarosamente (...).  Até pensei na brisa, espero que você não leia meus pensamentos agora, pois acho que ficaria com ciúmes, comparar uma mulher com outra é um grande problema! Mas, não posso fazer nada você realmente estava parecendo com ela nesse momento, leve, calma, e lenta, todos seus movimentos estavam lentos, acho que até seu coração tinha regredido em velocidade de batimentos cardíacos.
            Mas quando ela se deu conta do que já tinha acontecido, seu coração acelerou, ela não se sentia mais segura, se achou vulnerável a mim, como se eu a dominasse, eu vi isso!
            Mas eu? Dominar uma criatura divina? Isso se ela fosse, mesmo assim eu não teria forçar para dominá-la principalmente quando vi que o seu rosto se comunicava com o meu, dizendo: Beije-me! Mas não era como um pensamento calmo, como ela parecia ser, era como uma ordem: Beije-me! E se eu não fizesse isso ela sim faria. Foi nesta hora! vi que não existia ninguém nesse mundo como ela, eu senti que desejava tê-la, e ela ainda mais a mim, ou talvez não, talvez eu a desejava mais, pois eu me sentia realmente almejando-a.
            Sua boca ansiava como quem tem sede e se põe em frente a um cálice que transbordava de águas purificadas de fontes virgens. Seus lábios se abriam lentamente, e ficou como uma pequena fenda, que tinha doces as quais eu também queria terem minha boca.         Peguei em suas mãos, e senti que elas estavam frias, gélidas, e alvas como seu olhar, apesar de seu olhar não parecer mais de um anjo, e sim de uma leoa que tem fome, uma boa leoa. Mas era uma leoa, que se põe diante uma caça de 5 metros, talvez de 5 metros e 67 centímetros, lá estava ela posta diante de um banquete selvagem, mas teria eu como medir a distância dela tão precisamente?
Passamos alguns segundos nessa dimensão, dentro da dimensão surreal, invadimos outro estado, o que eu chamo de ”Mais que surreal” é quando percebemos juntos que o amor era o que reinava ali. Como o destino havia previsto.
            É quando nada mais nos segura, alguns centímetros de distâncias vão sendo desfeitos, lentamente, assim como a neve que cai sobre as folhas, singelamente, sinto teus lábios mais frios que tuas mãos, que me fazem entrar num outro estado de sentimentos surreais, que explodem em meu estômago como fogos de artifícios, que haviam sido colocados antes, acho que algo provocou um pequeno incêndio em meu estômago, e começou a explodir os fogos, suas explosões pareciam ser feitas de seda, veludo e lã, que não explodem me machucando, mas me fazendo sentir aquele frio tão bom, era como um fogo frio, que queima gelidamente.        Como se dentro de mim, houvesse outro mundo surreal habitado por seres estranhos, parecido com pequenos “elfos”, que construíam uma cidade de luz. Eu não sabia como ela se sentia, pois não estava dentro dela, mas se ela estivesse sentido o que eu sentia, eu poderia até ser um dos elfos que estavam construindo a cidade. De certa forma eu estou com ela, ou dentro dela, não sei! Só sei que nossas almas parecem estar entrelaçadas num destino que ainda não foi escrito, porém o início dele é quando o vento nos leva a algum lugar, como numa dança surreal, com cores, e luzes ao redor, a um lugar que nunca estivemos antes...


Prosa de Lucas Francisco.

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